Comissão da Verdade se reuniu nesta quarta-feira (29), em Belém | G1
29/08/2012
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Comissão da Verdade investiga passado de olho no presente | Estadão
29/08/2012 | 17h35
A violência policial de hoje não será objeto das investigações da Comissão Nacional da Verdade. Mas ela estará presente no capítulo final do relatório que será entregue à presidente Dilma Rousseff, em 2014, contendo recomendações ao Estado Brasileiro.
Em visita de integrantes da comissão ao Pará, nesta quarta-feira, 29, o professor e pesquisador Paulo Sérgio Pinheiro explicou que o mandato do grupo abrange violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. As recomendações, porém, serão “voltadas para os tempos atuais”, de olho na estrutura policial brasileira. ”Vamos dizer que não pode continuar como está.” Continuar Lendo →
Comissão da Verdade visita o Pará e colhe depoimentos sobre a ditadura | G1
23/08/2012 | 20h43
Audiência Pública planeja ouvir depoimentos de paraenses.
Comissão atua no levantamento de informações e proposição de debates.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) e o Comitê Paraense da Verdade, Memória e Justiça realizam na dia 29 de agosto uma audiência pública em Belém com o objetivo de colher relatos de graves violações de direitos humanos praticados por agentes públicos durante a ditadura militar no estado, no período de 1946 e 1988. O evento acontece a partir das 14h no auditório da Universidade da Amazônia (Unama).
Dois membros da Comissão da Verdade virão ao Pará: o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles e o professor Paulo Sérgio Pinheiro, que falarão ao público sobre os andamentos dos trabalhos da CNV.
Cláudio Fonteles se manifestará sobre o legado da Comissão. Ele defende que os trabalho só serão efetivos se houver participação da sociedade civil: “é fundamental que, por todo o Brasil, sejam criadas redes da cidadania em prol de uma sociedade democrática, para que se evite o retorno do Estado ditatorial, violador dos direitos da pessoa humana”, afirmou.
Já Paulo Pinheiro abordará a Comissão da Verdade brasileira no contexto latino-americano, a história de sua formação desde o reconhecimento da responsabilidade do estado brasileiro pelos crimes da ditadura até a aprovação do projeto de lei que a criou. O professor falará também dos poderes da Comissão e o estágio em que se encontra o trabalho da CNV.
No dia 29, pela manhã, os representantes da comissão serão recebidos pelo governador do Pará, Simão Jatene, e também se reunirão com integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA). As 11h30, ele participam de entrevista coletiva. As 14h a audiência pública terá início e estima-se que os depoimentos comecem a partir das 15h.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi instituída pela Presidência da República para recolher depoimentos sobre a violência que aconteceu no Brasil durante o período da Ditadura Militar e oferecer recomendações sobre medidas a serem adotadas pelo país. Desde então, audiências acontecem em vários estados para investigar essa história recente nacional e dialogar com vários atores nacionais para ajudar na criação de comissões ou comitês locais sobre o tema.
Serviço:
Audiência Pública da Comissão Nacional da Verdade no Pará
Data: 29 de agosto de 2012
Horário: das 14h às 18h
Local: Auditório Dom Alberto Ramos – Campus Senador Lemos – Universidade da Amazônia (Unama)
Endereço: Av. Senador Lemos, 2809, Belém, Pará
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Grupo ‘esculacha’ torturadores e médicos da ditadura militar | Estadão
14/05/2012 | 15h42
Protestos ocorrem em várias cidades do País; ativistas manifestam apoio à Comissão da Verdade
João Coscelli
SÃO PAULO – Manifestantes fazem uma nova rodada de “esculachos” contra torturadores e agentes ligados à ditadura segunda-feira, 14, em cidades de 12 Estados do País. Os protestos ocorrem poucos dias depois de a presidente Dilma Rousseff nomear os membros da Comissão da Verdade, destinada a esclarecer casos de violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. Continuar Lendo →
Território do Medo – A ditadura militar em Belém | Michel Pinho
http://www.michelpinho.com.br/territorio-do-medo-a-ditadura-militar-em-belem/
“Articular historicamente o passado não significa conhecê-lo “como ele de fato foi”. Significa apropriar- se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo.” – Walter Benjamin
Belém, 31 de março de 2012. A chuva que caiu a tarde deixou a cidade mais vazia do que o habitual. No Largo da Trindade a missa acabou as 17h 15min. As senhoras mais idosas saíram apressadas para dentro dos carros que estavam á espera. Há Poucas quadras dali, uma escola profissionalizante, situada no início da rua Santo Antônio com a Travessa Frei Gil de Vila Nova, dispensava seus alunos mais cedo. O banco testemunhava as juras de amor do casal sentado no pátio da Casa das 11 janelas… Enfim, Belém estava no seu cotidiano. Nada lembra, o 31 de março de 1964 quando a ditadura militar tomou a cidade.
A demarcação do território do medo.
Prédios imponentes guardam os ecos das torturas, nas avenidas principais da capital do Pará, milhares de pessoas passam todos os dias ao lado do 2º Quartel da Polícia Militar (hoje transformado na sede da Casa Cor) fincado na Gaspar Viana com Assis de Vasconcelos, entram na capela de Santo Antônio sem se dar conta que a menos de trinta metros ficava a sede do temido DOPS ou hospedam-se no Hotel Regente, que foi construído no local onde ficava a União Acadêmica Paraense (UAP) ali na José Malcher. O silêncio se impõe diante do passado.
A fotografia atua nesse caso como elemento de recuperação de parte de uma memória, entra como sinalizadora de um espaço urbano pautado no passado que teima em não ser apagado.
Sede do 8ª Região Militar – Localizado na Praça da Bandeira
Endereço: Rua João Diogo, na frente da Praça da bandeira Continuar Lendo →