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Casa da Morte em Petrópolis, agosto de 2012: um primeiro passo para que nunca mais aconteça | Correio da Cidadania

30/08/2012

Em agosto deste ano, a prefeitura de Petrópolis, no Rio de Janeiro, deu um importante passo para o resguardo da memória das vítimas da ditadura brasileira (1964-1985) com a publicação oficial da declaração da “Casa da Morte” como imóvel de utilidade pública para fins de desapropriação. Essa declaração é uma resposta às reivindicações da sociedade civil, feitas pelo Conselho de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis e encampadas pela OAB-RJ.

A Casa da Morte foi utilizada, na primeira metade dos anos 70, como um Centro Clandestino de Detenção (CCD) pelo Centro de Informações do Exército (CIE). Estima-se que neste CCD Casa da Morte podem ter sido executados cerca de 20 presos políticos nos anos de chumbo da ditadura brasileira, a maioria destes até hoje desaparecidos, sendo que seus restos mortais nunca foram encontrados para um sepultamento digno. Uma vítima deste CCD, Inês Etienne Romeu, saiu dali com vida e pode contar as atrocidades que sofreu juntamente com os outros detidos não sobreviventes. Foi Inês a responsável pela localização da Casa da Morte e do médico-torturador Amílcar Lobo. Continuar Lendo →

Comissão da Verdade quer criação de memoriais em prédios onde presos foram torturados no Rio de Janeiro | Agência Brasil

13/08/2012 | 17h50

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Comissão Nacional da Verdade quer que o governo do Rio de Janeiro tombe prédios e crie memoriais em locais usados pelo regime militar como centros de tortura de presos políticos. A informação é do coordenador da comissão, Gilson Dipp, e atende a reivindicação de organizações da sociedade.

A exemplo do Museu da Resistência, criado em São Paulo na antiga sede do Departamento de Ordem e Política Social (Dops), em 2009, o coordenador avalia que memoriais ajudam a contar a história do país. “De todos esses locais, os mais importantes, na nossa proposição, é que se tornem relíquias, quanta gente nunca ouvi falar da repressão militar?”, perguntou Dipp. Continuar Lendo →

A Casa da Morte, no foco da Comissão da Verdade | Estadão

31/07/2012 | 21h23

Roldão Arruda

A Comissão Nacional da Verdade está definindo aos poucos alguns de seus principais focos de interesse. A Casa da Morte, em Petrópolis, é um deles. No próximo dia 13, no Rio, quando se reunirem com representantes de comitês da verdade e  de organizações sobre  mortos e desaparecidos que funcionam no Estado, os integrantes da comissão vão abordar o assunto.

A Casa da Morte é o nome como ficou conhecido o local de operações clandestinas que o Centro de Informações do Exército (CIE) montou e manteve no centro de Petrópolis, na década de 1970. Os fatos ali ocorridos são citados recorrentemente na literatura sobre violações de direitos humanos no período do regime militar. Cerca de vinte presos políticos teriam sido executados na casa. Continuar Lendo →

Casa da Morte: professor monta peça para não apagar a História | O Globo

26/06/2012 | 23h47

Intenção foi combater versão de que local nunca existiu

Chico Otavio
Juliana dal Piva
Marcelo Remígio

Rita e Sylvio: peça montada pelo casal pede a desapropriação da Casa da Morte e a criação de um centro para lembrar as mortes no local

RIO – — Professor, a Casa da Morte nunca existiu. Tudo isso foi uma fantasia.

A afirmação de um aluno do ensino médio de uma escola da rede pública de Petrópolis, durante uma aula de Literatura, chamou a atenção do ator e professor de Língua Portuguesa e Literatura Sylvio Costa Filho, de 57 anos. A visão do estudante não era única. Ao conversar com outros alunos, Sylvio percebeu que a versão ganhava força nas escolas do município, passando uma borracha em episódios tortuosos da ditadura — o que levou o professor a criar uma peça de teatro sobre a Casa da Morte. Hoje, ele percorre o circuito cultural da Região Serrana e escolas contando episódios dos anos de chumbo e a trajetória do aparelho montado em Petrópolis. Continuar Lendo →

Ex-delegado do Dops sugere à Comissão da Verdade 7 depoentes | O Globo

25/06/2012 | 23h56

Claudio Guerra prestou depoimento ‘valioso’ ao colegiado, segundo Gilson Dipp

Evandro Éboli

BRASÍLIA – A Comissão da Verdade colheu nesta segunda-feira depoimento de Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops que admitiu ter participado de assassinatos de opositores da ditadura. Guerra encaminhou à comissão relação com os nomes de sete pessoas que podem ser ouvidas e dar detalhes do que ocorreu nos porões do regime militar.

Cláudio Guerra conta em detalhes no livro “Memórias de uma guerra suja” como atuou na execução dos militantes de esquerda. Os integrantes da Comissão da Verdade informaram que Guerra confirmou todas informações do livro, escrito pelos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto, no depoimento que durou uma hora e meia. Continuar Lendo →