Aumenta pressão sobre Cabral pela criação da Comissão da Verdade no Rio | Rede Brasil Atual
26/09/2012 | 12h15
Deputados impedem votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e causam descontentamento na CNV e no Planalto. Governador recebe hoje a OAB
Por Maurício Thuswohl
Rio de Janeiro – São cada vez maiores as pressões sobre o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), por conta da demora do estado em criar a sua comissão da verdade para investigar os crimes cometidos pelas forças oficiais de repressão durante a ditadura militar. A demora acontece porque Cabral decidiu não criar a Comissão Estadual da Verdade por decreto, como fizeram outros governadores, e delegou à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a tarefa de aprovar uma lei nesse sentido.
Após algumas tentativas, no entanto, a maioria governista da Alerj não permite que o projeto de lei seja votado em plenário, fato que tem causado irritação em entidades da sociedade civil, na Comissão Nacional da Verdade (CNV) e até mesmo no Palácio do Planalto. Continuar Lendo →
A verdade na prateleira | Correio do Brasil
18/09/2012 | 18h46
Veio a calhar o pedido do ministro e presidente da Comissão da Verdade, Gilson Dipp, para que o governador Sérgio Cabral crie uma comissão com este caráter no Rio. Como se pode observar no documento ao lado, o governador é filho de um ex-jornalista do Pasquim, publicação alternativa e de resistência contra a ditadura. Por esta atividade, considerada pelos generais como “terrorista”, Sérgio Cabral (pai) teve de descer aos porões e explicar que não era nada disto.
É possível que Sérgio Cabral Filho nunca tenha deitado os olhos em tal documento. Ou, talvez, já tenha ouvido falar dele, mas se soubesse da missa, a metade, de como obter cópia dele, caso queira, o nobre governador na certa já teria ido ver mais de perto por que o Rio está tão atrasado na organização da sua Comissão da Verdade. Continuar Lendo →
Rio: desfile militar tem bandeira olímpica e protesto contra a ditadura | Terra
07/09/2012 | 12h25
- Cirilo Junior
A bandeira olímpica deu um tom diferente ao desfile militar de Sete de Setembro no Rio de Janeiro, cidade que vai sediar a próxima Olimpíada, em 2016. O símbolo dos Jogos Olímpicos, que foi entregue à prefeitura na cerimônia de encerramento de Londres-2012, foi exibido no encerramento do cortejo que celebrou o Dia da Independência na capital fluminense.
Foi justamente no momento mais concorrido do desfile, na passagem do símbolo olímpico, que ocorreu a situação constrangedora do evento. Em meio ao público, integrantes do Movimento Feminino Popular (MFP) exibiam faixa de protesto contra crimes cometidos na ditadura militar. A mensagem foi exibida em frente ao palanque onde estavam as autoridades militares. “Punição para os criminosos militares e civis mandantes e executores de torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados do regime militar”, estava escrito na faixa. Continuar Lendo →
Comissão da Verdade da UnB vai investigar suspeita de assassinato de Anísio Teixeira | Agência Brasil
17/08/2012 | 12h47
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão de Memória e Verdade da Universidade de Brasília (UnB) vai investigar a suspeita que o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Anísio Teixeira, foi assassinado em março de 1971, por agentes do Estado, após ser sequestrado e levado para uma unidade da Aeronáutica, quando se dirigia à casa do filólogo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, no Flamengo, no Rio de Janeiro. Segundo a nova versão, Anísio sofreu tortura e foi encontrado com vários ossos quebrados e traumatismo na cabeça e no ombro, devido a pancadas com objeto de forma cilíndrica, possivelmente feito de madeira.
Essa versão é admitida pela família do ex-reitor e veio a público na semana passada em Brasília no momento de instalação da comissão. Durante a cerimônia, João Augusto de Lima Rocha, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e biógrafo de Anísio Teixeira, anunciou que tinha o conhecimento do assassinato conforme confidenciado a ele em relatos diferentes pelo ex-governador da Bahia Luís Viana Filho (1967-1971) e pelo professor e crítico literário Afrânio Coutinho. Continuar Lendo →
Comissão de Anistia julga processo de homem desaparecido na ditadura | Jornal do Brasil
17/08/2012 | 9h35
Mãe de preso político, já com 99 anos, estará no julgamento
Começou nesta sexta-feira(17), na sede da PUC-RJ, a 61ª Caravana da Anistia. Em destaque, haverá hoje o julgamento do processo de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desaparecido político durante a ditadura militar. O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abraão, conduzirá a sessão, enquanto a sustentação oral em nome da família Santa Cruz ficará por conta do presidente da OAB no Rio, Wadih Damous. O processo começou por volta das 9h30.
Dona Elzita, mãe de Fernando, possui hoje 99 anos de idade. Á época do desaparecimento, Fernando Santa Cruz era estudante de Direito na Universidade Federal Fluminense e tinha 26 anos. Ele foi preso e torturado por agentes do DOI-CODI em fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro, juntamente com outros integrantes da Ação Popular Marxista-Leninista (APML). Fernando Santa Cruz dá nome ao Centro Acadêmico de Direito da UFF. Continuar Lendo →
Comissão da Verdade atua em três frentes | Carta Maior
14/08/2012
Comissão Nacional da Verdade começa a engrenar seus trabalhos dividida em três frentes de ação: uma subcomissão de pesquisa, geração e sistematização de documentos; uma subcomissão de relações com a sociedade civil; e uma subcomissão de comunicação. O trabalho de intelectuais auxiliará os estudos de sete subgrupos relacionados à pesquisa de documentos sobre temas como guerrilha do Araguaia, Operação Condor, torturas, desaparecidos e mortes no campo, entre outros.
Rodrigo Otávio
Rio de Janeiro – Ao completar três meses de posse nesta quinta-feira (16), a Comissão Nacional da Verdade começa a engrenar seus trabalhos dividida em três frentes de ação: uma subcomissão de pesquisa, geração e sistematização de documentos; uma subcomissão de relações com a sociedade civil; e uma subcomissão de comunicação. Continuar Lendo →
Comissão da Verdade rebate críticas de ONGs | Estadão
13/08/2012 | 20h09
Organizações criticaram o sigilo nos trabalhos da CNV e a incapacidade para punir
Integrantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investiga violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar (1964-1985), reagiram nesta segunda-feira, 13, de forma incisiva a acusações de ativistas de que têm poderes limitados e não apurarão os crimes da ditadura. Em audiência pública, depois de ouvirem protestos emocionados contra o recurso ao sigilo em parte dos seus trabalhos e críticas à sua falta de capacidade legal para punir, membros da CNV repudiaram o que chamaram de “tom acusatório” dos militantes de direitos humanos. As críticas ao órgão foram feitas, entre outros, por Cecília Coimbra, do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio, que atacou a lei que criou a comissão e a acusou de “manter a confidencialidade” de torturadores.
“Acho um pouco cansativo escutar que a Comissão Nacional da Verdade está envolvida numa tentativa de produzir o esquecimento e que vamos conciliar com o sigilo”, declarou Paulo Sérgio Pinheiro, o mais exaltado ao rebater as críticas, na reunião na sede da Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Rio de Janeiro, chamando-as de teoria conspiratória. A audiência às vezes foi marcada pelo tom de comício, com palavras de ordem como “Cadeia já/para os fascistas do regime militar” gritadas por militantes. Continuar Lendo →
Comissão da Verdade quer criação de memoriais em prédios onde presos foram torturados no Rio de Janeiro | Agência Brasil
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Comissão Nacional da Verdade quer que o governo do Rio de Janeiro tombe prédios e crie memoriais em locais usados pelo regime militar como centros de tortura de presos políticos. A informação é do coordenador da comissão, Gilson Dipp, e atende a reivindicação de organizações da sociedade.
A exemplo do Museu da Resistência, criado em São Paulo na antiga sede do Departamento de Ordem e Política Social (Dops), em 2009, o coordenador avalia que memoriais ajudam a contar a história do país. “De todos esses locais, os mais importantes, na nossa proposição, é que se tornem relíquias, quanta gente nunca ouvi falar da repressão militar?”, perguntou Dipp. Continuar Lendo →
Protesto no Rio termina com parte da estátua do general Castelo Branco pintada de vermelho-sangue | Agência Brasil
29/07/2012 | 18h57
Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Protesto realizado pela Articulação Estadual pela Memória, Verdade e Justiça, uma frente de organizações populares, além de partidos, entidades estudantis e pela organização não governamental (ONG) Tortura Nunca Mais terminou na manhã de hoje (29) com o que chamaram de “esculacho” da estátua do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro governante militar após o golpe militar de 1964.
Os participantes iniciaram o protesto com uma caminhada que cruzou algumas ruas do bairro de Copacabana, terminando no Posto 3, na Praia do Leme, onde está localizado o monumento. No local, os manifestantes apresentaram o que denominaram “crimes” do militar (que nunca teve acusação formal, ainda que póstuma, ou julgamento). Continuar Lendo →
Sociedade civil faz mutirão pelo Grupo Tortura Nunca Mais | Carta Maior
24/07/2012
Diversas entidades da sociedade civil deram uma grande mostra de solidariedade ao Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro na segunda-feira (23), quando espontaneamente fizeram um mutirão de limpeza e participaram da reunião semanal na sede do grupo. Na sexta-feira (20) a sede do grupo foi invadida e furtada. Entidades enviarão uma carta à Presidência da República prestando solidariedade ao grupo e exigindo a apuração dos fatos.
Rodrigo Otávio
Rio de Janeiro – Populares e diversas entidades da sociedade civil deram uma grande mostra de solidariedade ao Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro na segunda-feira (23), quando espontaneamente fizeram um mutirão de limpeza e participaram da reunião semanal na sede do grupo. Na sexta-feira (20) a sede do grupo foi invadida e furtada. No dia 11, o grupo havia sido vítima de uma ameaça telefônica, quando uma voz masculina informou: “estou ligando para dizer que nós vamos voltar e que isso aí vai acabar”. Uma das decisões tomada pelas cerca de 50 pessoas e 15 entidades que participaram da reunião de segunda-feira foi o envio de uma carta aberta à Presidência da República prestando solidariedade ao grupo e exigindo a apuração dos fatos. O Grupo Tortura Nunca Mais não será signatário da carta. Continuar Lendo →