Arquivos de Tag: fundação nacional do índio – funai

O presídio indígena da ditadura | Brasil de Fato

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Integrante da Comissão da Verdade defende investigação de supostas violações contra índios | Agência Brasil

26/09/2012 | 6h17

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Membro da Comissão Nacional da Verdade, a psicanalista Maria Rita Kehl defende que existem indícios suficientes para justificar a investigação de denúncias de violação contra populações indígenas entre 1946 e 1988. “A comissão ainda está coletando os primeiros elementos para remontar o que de fato ocorreu nesse período, mas, aos poucos, fui percebendo que há um vasto campo de investigação de violações dos direitos das populações indígenas que, na época, eram consideradas mero obstáculo ao desenvolvimento”, disse Maria Rita, responsável por apurar supostas violações contra populações indígenas no período.

Ao citar algumas das antigas denúncias e relatos a respeito de abusos e crimes praticados contra os índios (principalmente após 1964, quando os militares tomaram o poder), Maria Rita adiantou que o “problema” da comissão é sistematizar e analisar todas as denúncias e informações produzidas ao longo das últimas décadas para tentar chegar à verdade. Continuar Lendo →

Ditadura militar massacrou indígenas, relata missionário | Brasil de Fato

22/08/2012

O Estado brasileiro reconhece 475 pessoas, entre mortas e desaparecidas, por fazerem oposição ao regime civil-militar (1964 – 1984)

Aline Scarso,

da Redação

Egydio Schwade posa ao lado de indígenas Waimiri-Atroari na aldeia Yawara, em Roraima – Foto: Arquivo Pessoal

Provavelmente Egydio Schwade é um dos indigenistas vivos que mais podem contribuir com a Comissão Nacional da Verdade para esclarecer crimes praticados pelo Exército brasileiro, a mando do governo militar, contra os indígenas durante a última ditadura civil-militar (1964 – 1984). Atualmente com 76 anos, Egydio foi o primeiro secretário-executivo do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e trabalhou com a alfabetização dos Waimiri-Atroari (ou Kiña, como eles se autodenominam) em 1985, quando passou a morar com a família na aldeia deste povo na floresta amazônica. A partir dessa atividade, tomou contato com uma realidade na sua maior parte ainda desconhecida pelos brasileiros e não titubeia ao afirmar que pelo menos 2 mil indígenas dos Waimiri-Atroari de todas as idades estão desaparecidos. “São histórias de violência que precisam ser esclarecidas”, defende o ex-missionário.

Os Waimiri-Atroari constituíam suas aldeias em trajeto semelhante ao escolhido para a obra BR 174, a estrada que liga Manaus à Boa Vista, conhecida também como Manaus–Caracaraí, construída entre 1967 a 1977. Embasada em discurso desenvolvimentista dos estados da Amazônia e Roraima e do governo brasileiro, posteriormente a estrada facilitaria a instalação da hidrelétrica de Balbina e de projetos de mineração. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em 21 de janeiro de 1975, o Coronel Arruda, comandante do 6º Batalhão de Engenharia e Construção, responsável pela construção da BR-174, deu o tom da ação: “A estrada é irreversível como é a integração da Amazônia no país. A estrada é importante e terá que ser construída custe o que custar. Não vamos mudar o seu traçado, que seria oneroso para o Batalhão, apenas para pacificarmos primeiro os índios”. Continuar Lendo →

Comissão da Verdade investigará crimes cometidos contra índios na ditadura militar | Agência Brasil

21/07/2012 | 15h37

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Comissão Nacional da Verdade também vai investigar os crimes cometidos durante a ditadura militar contra os povos indígenas, com a participação ou a conivência do Estado. “É um tema que está no nosso planejamento. Vamos investigar isso, sim, porque na construção de rodovias há histórias terríveis de violações de direitos indígenas”, ressaltou nesta semana um dos membros da comissão, o diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, após encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

O Grupo Tortura Nunca Mais vem se articulando com outras entidades, como a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, para reunir material sobre as violações contra os índios no período da ditadura. Segundo o vice-presidente do grupo, Marcelo Zelic, a política de extermínio promovida pelo regime é evidenciada em documentos públicos, como os que mostram que, na década de 1960, foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados para apurar os massacres de indígenas. Continuar Lendo →

O depoimento dos índios Suruís sobre a Guerrilha do Araguaia | Carta Maior

22/06/2012

Os Suruís, do sul do Pará, habitantes da região do Araguaia e Sororó, sofreram uma era de terror, na década de 1970, quando os guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil montaram uma base na região. A versão oficial que é divulgada dá conta dos índios como bate-paus, guias, dos militares que combateram os guerrilheiros, ajudando a esquartejar corpos, enterrar as partes. Agora, os mais jovens estão resgatando a história de seu povo.

Najar Tubino

Rio de Janeiro – Essa é mais outra história traumática sobre o período da ditadura. Os Suruís, do sul do Pará, habitantes da região do Araguaia e Sororó, até a década de 1960, quando o antropólogo Rock Laraia, fez os primeiros contatos, sofreram uma era de terror, na década de 1970, quando os guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil, montaram uma base na região. A versão oficial que é divulgada dá conta dos índios como bate-paus, guias, dos militares que combateram os guerrilheiros, ajudando a esquartejar corpos, enterrar as partes, enfim, estavam ao lado dos militares. Continuar Lendo →

Comissão da Verdade poderá investigar massacre de índios ocorrido no período da ditadura militar | Estadão

12/06/2012 | 17h25

Por Roldão Arruda

A Comissão Nacional da Verdade estuda a possibilidade de investigar casos de possíveis massacres de grupos indígenas cometidos por agentes de Estado, no período da ditadura militar. Proposta nessa direção foi apresentada aos integrantes da comissão, que se encontram em São Paulo, nesta terça-feira, 12. Ela é defendida por um grupo de organizações não governamentais voltadas para a defesa dos direitos humanos.

Até agora a comissão focaliza sua atividade nos casos de mortos e desaparecidos políticos. Não está descartada, porém, a possibilidade de tratar de outras violações de direitos humanos cometidas no período do regime militar. Continuar Lendo →